De repente lá se foi um mês, 30 dias em Cape Town! Já é hora de voltar. Nesta última semana, vivi cada dia com mais intensidade, principalmente no contato com as crianças, contato me rendeu um souvenir bem diferente: uma gripe daquelas! (Que não é Ebola, antes que você pense que tem crise de Ebola na África do Sul, porque não tem, ok? Rsrs).
Em uma das noites dessa última semana fomos em um festival de música, em Ocean View, comunidade carente perto de Masi. Gente, que sensacional! Me encantei pelo rap desses meninos! Compartilho um trechinho com vocês. (“Every night I dream the impossible, the impossible, the impossible!”)
Passamos as tardes em um abrigo para crianças, tipo um orfanato, o Jones Safe House. Uma casa fundada por um padre que hoje é administrada por um casal muito bacana que ama o Brasil! As crianças de lá? Aaaah quanta doçura! Aprendi tanto com eles, até a rezar o Pai Nosso em Xhosa. (Compartilho essa graça com vocês!!)
No nosso último dia lá, fomos brincar de Face Painting, fazer desenhos legais no rosto das crianças, mas aí nos rendemos a esses pequenos artistas e voltamos pra casa assim:
A minha despedida com os pequenos da creche foi tão, mas tão especial! Nos últimos dias cantamos ” Aleluia, aleluia” (aquela musiquinha que a gente canta nos retiros com ” braço direito, braço esquerdo”, sabe? Mas lá com as crianças só fiquei no Aleluia mesmo). Foi demais. Na hora de dar tchau, chorei! A Mama Thandi reuniu todas as crianças e me agradeceu com elas. Consegui gravar uma parte, compartilho com vocês. (Ignorem a minha voz de choro e com gripe, os erros no inglês e a tremedeira da câmera).
A gratidão maior fica no meu coração. O que eles deixaram na minha vida é infinitamente maior do que eu deixei em Masiphumelele e na creche Ithemba. Deus, valeu (de novo) por ter me amado tanto nos olhares, nos abraços, nos sorrisos dessas crianças!
Nas últimas tardes de folga fomos para o Waterfront novamente, e dessa vez passamos pelo Green Point, um dos estádio sede da Copa do Mundo de 2010. Lindo, queria muito ter entrado, mas esse também é um desejo dos Sulafricanos, já que os jogos lá são raaaros. Na volta, da estrada, novamente contemplamos o por do Sol (sim, de novo eu estou falando do por do Sol), e por saber que era um dos últimos que eu via ali, foi mais intenso. Deus caprichou pra nossa despedida da Cidade “Linda” do Cabo.
A volta pra casa foi bem tranquila. A adrenalina maior não foi no avião, foi na hora de pesar a mala que veio no limite de peso permitido: 22kg. O permitido é 23kg.
De volta pra casa, pra família, pros amigos, pro trabalho, pro TCC. Sonho realizado, coração cheio de gratidão, pronto pra sonhar e realizar outra vez, pois há muitos que também precisam sonhar, que precisam das nossas mãos, dos nossos corações, dos nossos sorrisos e abraços. Como diz a grande (que viveu pequena) Madre Teresa de Calcutá, “Não é o quanto fazemos, mas quanto amor colocamos naquilo que fazemos”.
Aos poucos vou organizando as fotos e os vídeos para poder guardar e compartilhar tanta coisa linda que eu vivi na Cidade “Linda” do Cabo. Mas se você quer saber mais detalhes sobre a incrível experiência de voluntariado na África do Sul, te convido a tomar um café, ou chá, ou uma coca, ou uma cerveja, comigo aqui em casa!
Obrigada pela companhia aqui no blog! Nos vemos em breve! Waka Waka =) Paz!